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segunda-feira, 27 de novembro de 2017



Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental, Médio          e Normal
Vera Cruz do Oeste – PR            

Língua Portuguesa    
Prof.ª Lili Mirian Gums Costa

Textos produzidos durante a implementação do PDE

Produção de contos 2ªsérie “A” e “B” do Ensino Médio - 2017

Carine & Ian
Juliana Medina Marques



Parte um: O anel
Quando Ian morreu, Carine perdeu o chão.
O que acontecera com ele parecia algo infortuno demais para aquela cidade tão pequena. Cidade que nunca mais seria a mesma sem sua presença, todas as lojas e sorveterias do pequeno centro a faziam lembrar dele e das tardes que passaram juntos.
Por que havia de ser daquele jeito? Por que havia de ser justamente ele a morrer em uma cidade que nada nunca acontecia?
Ian era querido por todos que o conheciam e nunca fez nada de errado, sempre foi a pessoa mais responsável e sensata que já conheceu, nunca quebrou regras. Não entendia o como e o porquê de ele não estar ao seu lado agora.
Lágrimas quentes caíam pelo seu rosto. Não tinha noção de quanto tempo estava sentada ali, na grama do cemitério, olhando fixamente para a foto sorridente dele fixada de modo porco no que deveria ser o seu belo túmulo.
Era visível apenas algo parecido com uma caixa de cimento se erguendo dali, afinal, Ian fora enterrado apenas dois dias atrás, não havia dado tempo para construir todas as decorações que envolviam seu memorial.
Além da foto, também havia flores, colocadas recentemente sobre o túmulo, a julgar pela vivacidade de seu tom vermelho.
Tudo aquilo causava enjoo em Carine, odiava todas as flores, as fotos, os depoimentos sobre como Ian era uma pessoa maravilhosa e isso de pessoas que nem o conheciam, que nunca se importaram com ele como ela se importou.
Sim, ele era uma pessoa maravilhosa e Carine odiava ver o nome de Ian na boca de quem não o conhecera o suficiente para dizer algo sobre quem ele era. Hipocrisia pura, a morte de Ian não o tornava melhor para quem não o conhecia, mas significava uma grande parte de Carine sendo arrancada do dia para a noite.
Fechou bem os olhos, imaginando os braços de Ian ao redor de seu corpo, sua risada alegre e seus lábios contra sua bochecha, enquanto ele sorria, totalmente feliz.
— Você sente falta dele, não sente, querida? — Abrindo seus olhos com um espasmo assustado, arfou, olhando em volta. O cemitério estava vazio, deveria ser fechado nos próximos minutos, a julgar pelo modo que o sol batia nos túmulos de forma suave, enunciando o fim daquele dia e a caída da noite.
Não esperava ninguém ali, mas, para sua surpresa, havia uma mulher de pé ao seu lado, fitando-a com belos — e incomuns — olhos violeta.
Encarou-a, surpresa. Estava vestida de modo estranho, uma saia longa delineava sua cintura e tinha os braços finos pintados com tinta vermelha, os desenhos tribais subiam até os ombros, cobertos apenas pela regata que a jovem usava.
Carine não daria mais de vinte e cinco anos, mas seu olhar dizia algo sobre experiência, esbanjando sabedoria enquanto seu sorriso era quase fraternal.
Colocou-se de pé imediatamente, ficando de frente para a intrusa.
— O que você quer? — Sua voz estava tremendo. Em uma cidade tão pequena e tradicional como aquela, a moça claramente seria julgada do pior modo pelos seus moradores, principalmente pelos desenhos estranhos marcados em sua pele clara e seus cabelos caindo de modo volumoso pelos ombros de forma nada usual.
A primeira vista assustou Carine, a intrusa parecia realmente intimidante.
— É mesmo a pergunta certa? Me diga, Carine, o que você quer? — Deveria questionar de onde a mulher sabia seu nome ou por que estava ali, mas a mente de Carine continuava gritando Ian, Ian, Ian e Ian sem parar um segundo.
Hesitou por um instante.
— O que você quer, Carine? — Sussurrou a mulher, fazendo ondas de calafrio se instalarem pelo corpo da moça.
— Ian. — Respondeu sem pensar, as palavras saindo de modo incontrolável pelos seus lábios. — Eu quero Ian. — A estranha continuou sorrindo com certo afeto, encarando-a nos olhos. O medo havia se esvaído agora, apesar de todos os músculos gritarem corre ao mesmo tempo.
— Você deve deixá-lo ir, querida.
— Mas eu preciso dele aqui. Preciso dele comigo. — Choramingou Carine, a imagem de Ian girando em sua mente com insistência.
A mulher levantou uma das mãos e ela viu vários anéis em seus dedos pintados, alguns dourados, com pedras, e outros prateados, finos, com pequenas figuras gravadas. Lentamente tirou um dos anéis, colocando-o sobre a palma da própria mão.
Era um anel prateado, uma pequena pedrinha negra pendia em sua ponta e Carine observou-o com atenção.
— Você pode tê-lo de volta, mas haverá consequências. É sua escolha, mas os mortos devem ir. — Carine continuava fitando o anel na palma da mão da jovem, hipnotizada por seu brilho. — Você selará uma aliança com Ian, não comigo, se aceitar este anel, Carine.
A mulher inclinou a mão para a frente, oferecendo a joia, tudo girava muito rápido na mente da garota.
Faria qualquer coisa para ter Ian de volta, qualquer coisa.
Carine levou a mão até o anel, pegando a pequena joia e manuseando com cuidado entre os dedos. Focou o olhar no seu brilho, vendo o reflexo do sol à sua volta cintilando no prateado delicado, a argola estava fria em seus dedos.
— Faça a escolha certa, Carine.
Com um último sussurro, ela estremeceu e, quando levantou o olhar, ficou surpresa ao não ver ninguém ali. Girou e olhou em volta ao mesmo tempo, mas a mulher não estava em lugar nenhum e estavam em campo aberto, não havia como sair tão rápido.
Carine arfou, os olhos arregalados.
Voltou-se para o anel novamente, que continuava frio em suas mãos.
Uma escolha, Carine, você selará um pacto com ele.
Colocou o anel em um dos dedos, ainda confusa e arrepiou-se mais uma vez.
Olhou em volta, observando bem os túmulos para ter certeza de que a mulher não estava por ali e então decidiu ir para casa.
Parte dois: Memórias
Carine finalmente chegou em casa. Passara a odiar aquele lugar, afinal, morava ali com Ian há algum tempo e tudo, absolutamente tudo, a lembrava dele, desde a geladeira que estragou no mês anterior e os dois ficaram até duas da manhã tentando consertá-la, até o sofá, onde dormiram abraçados tantas vezes no meio de algum episódio de uma série qualquer.
Eles se conheceram ainda no ensino fundamental e começaram a morar juntos quando Ian estava cursando filosofia em uma cidade vizinha e Carine trabalhava em uma das lojas do centro enquanto estudava para passar em medicina no próximo ano, mesmo já tendo se formado no ensino médio.
Não morava com os pais desde a noite de formatura, já que seu pai havia visto a filha beijando uma das garotas da classe e, tanto a mãe quanto o pai, pareceram escandalizados com a cena, mandando-a arrumar as malas no mesmo momento.
Carine tentou falar sobre a bissexualidade, tentou mostrar que se sentir atraída por meninos e meninas era algo absolutamente normal, mas nenhum dos dois estava disposto a abrir a mente.
Podia entender, já que os pais foram criados por pessoas com ideais diferentes e tentava convencer-se de que eles não fizeram por mal, mesmo falhando na justificativa.
Assim que soube o que aconteceu, Ian, que nesta época já estava trabalhando em um posto de gasolina no início da cidade, para poder se bancar sozinho, insistiu para que Carine fosse morar com ele e assim foi. Os dois sempre foram amigos, desde que começaram a estudar juntos no sexto ano, então não tiveram problemas um com o outro na mesma casa.
Na primeira noite ele apenas a abraçou enquanto Carine soluçava. Na segunda noite, ela não chorou, os dois apenas assistiram a um filme qualquer em silêncio e, sinceramente? Ela nem prestou atenção nas falas dos personagens. Na terceira noite eles se beijaram e depois as coisas simplesmente aconteceram.
Os dois passaram a ficar cada vez mais próximos durantes os meses em que moraram juntos, começaram a construir uma vida como casal e estavam realmente felizes, mesmo a casa sendo pequena e os sonhos dos dois grandes demais.
Ian sempre dissera a Carine que os pais dela a amavam, que a ideia de ter uma filha assim era só estranha para eles naquele momento; que se acostumariam com o tempo e Carine sempre duvidou, mas dois meses depois de tudo, a mãe dela aparecera na loja durante seu turno de trabalho. Ela pediu desculpas, disse aceitar a filha com todo o coração, apesar do pai não ter dado para trás.
Insistiu para Carine voltar para casa, mas a garota se recusou.
— Nós podemos lidar com seu pai, se ele não quiser você em casa, se quiser que você saia, quem sairá vai ser ele e você fica. — Insistiu a mãe e Carine não pode conter as lágrimas que escorriam sem parar de seus olhos. Ian tinha razão, afinal.
— Estou com Ian agora. Estamos bem. — Foi tudo o que disse, mas ficou feliz por ter a mãe ao seu lado e, naquele dia, ela e Ian saíram para comer algo e comemorar a nova vida.
E agora Carine estava com as pernas encolhidas no sofá no qual os dois costumavam assistir filmes todas as noites. A televisão estava desligada e poderia sim ir dormir na casa dos pais, já que sabia que não conseguiria relaxar ali, mas queria ficar sozinha.
Ian havia lhe pedido em noivado um ano depois daquilo, há apenas três semanas atrás e Carine estava prestes a iniciar a tão sonhada faculdade de medicina, com apoio dos pais, o que era melhor ainda.
Mas agora sentia-se destroçada por dentro, tudo que havia conseguido, nestes anos, jogado no lixo.
Olhou para o anel em seu dedo com mágoa, achando estúpida a ideia de que uma pequena joia pudesse trazer Ian de volta. Quem era aquela mulher afinal?
Cogitou a ideia de tirar aquilo do dedo e isso a deixou aflita. E se…? Por fim, decidiu deixar o anel ali, não faria nada afinal. No dia seguinte voltaria ao cemitério e deixaria o anel sobre o gramado onde estava sentada, aquilo não lhe pertencia e precisava devolver.
Carine acabou adormecendo no sofá, no meio de um de seus devaneios sobre seu relacionamento com Ian. Estava tão cansada que nem percebeu quando adormeceu, mas simplesmente apagou no meio das memórias que tinha do ex-noivo.
Parte três: A volta
Carine acordou assustada, ouvindo batidas na porta.
Eram de três em três, ritmadas, e quem quer que estivesse batendo, fez seu sangue gelar.
Toc, toc, toc.
Estremeceu e olhou para o relógio acima da televisão. Passava um pouco da meia-noite, Ian geralmente voltava da faculdade a esta hora e algo fez seu coração saltar do peito, os olhos ficaram arregalados de uma hora para outra. Ian? Ian estava ali?
Se levantou do sofá em um pulo, não se lembrava de ter trancado a porta, mas não sabia o que esperar, apenas seguiu com as pernas bambas até a entrada. Por favor, que seja Ian, por favor, que seja Ian.
Abriu a porta com as mãos trêmulas, rápido demais. Havia uma figura parada à porta, usava um terno e seu rosto estava sujo com uma mistura de sangue e terra, os cabelos bagunçados totalmente desalinhados. O corpo parecia destroçado, os braços pareciam quebrados e estavam em uma posição horrível.
Um de seus olhos estava fechado e o outro todo ensanguentado, parte de seu rosto estava deformado e horrivelmente quebrado, os lábios caídos de modo estranho. Carine gritou. Aquele era Ian. Seu Ian. Tudo girou, e escureceu por um momento.
De súbito, suas mãos agarraram o lençol da cama, seus cotovelos afundaram no colchão da cama. Olhou em volta assustada, o coração disparado enquanto tentava enxergar algo no escuro. Seu rosto estava molhado, como se tivesse chorado durante o sono.
Carine sentiu uma pressão horrível lhe afundando no peito. Um pesadelo, só um pesadelo. Ian continuava morto. Deixou-se cair sobre o colchão, a mente girando enquanto lhe ocorria que usou o anel que a mulher lhe dera no mesmo dedo em que usava a aliança que era de Ian.
Ela estava usando a de Ian desde que ele morrera, então colocava as duas — dela e dele — em dedos diferentes. A pressão afundou no peito mais uma vez e, mesmo no escuro, arrancou a aliança de Ian do dedo, deixando-a na pequena mesinha ao lado da cama.
Carine percebeu que não conseguiria dormir mais, então resolveu pegar o celular na mesinha, onde deixara a aliança e, quando ligou a tela do celular, sentiu o sangue gelar. Uma da manhã. A tela mostrava o nome de Ian, como se ele tivesse mandando para ela uma mensagem, o que era impossível, já que o celular dele simplesmente se destruíra com o acidente de carro que o matara, mas sua foto aparecia ali, na notificação, e Carine deixou mais lágrimas escorrerem ao abrir a mensagem e ver seu conteúdo.
Obrigado. Eu te amo.




      A vila do infinito


Samuel Sabatovytch Bonotto



Num dia qualquer no ano de 1945, no final de uma guerra sangrenta, algo estranho aconteceu com uma família que residia em uma cidade chamada Vera Cruz do Oeste.
Em um dia ensolarado e bonito essa família que se constitui com pai, mãe, filha e filho saiu para uma viagem a fim de comemorar a vitória na guerra, marcaram de visitar um hotel muito antigo, que na época era um ponto turístico e chamava a atenção de várias pessoas.
No caminho eles iriam passar por uma vila com o nome de Vila Graciosa, lá já havia acontecido vários acidentes estranhos, mas quando a família estava chegando nessa vila, o tempo, que estava ensolarado ficou escuro e sombrio e na vila não havia nenhum morador. Quando se deram conta não conseguiram mais sair da vila, não importava o quanto tentassem, eles estavam presos ali e destinados a viver a eternidade lá. Hoje, quem passa por essa vila consegue ouvir os gritos furiosos de uma mãe pedindo para a filha casar.




Não adianta mais fugir, Pâmela
Maria Isadora Galvão Gaeski



"Não adianta mais fugir, Pâmela. Não adianta mais se esconder. Foi você quem fez isso".
Acordei com falta de ar, como se algo me enforcasse. De meu corpo escorria um suor frio, no meio das cobertas e do lençol amassado de minha cama.
Tentei me levantar, ainda que meia tonta, tomando cuidado para não esbarrar em uma das caixas espalhadas pelo cômodo do pequeno apartamento do 10° andar, alugado às pressas, há apenas dois dias.
Fazia frio naquela noite, já era madrugada, e tudo que eu via, ao observar o lado de fora da janela, era uma fraca neblina.
Após fazer uma xícara de chá e me acomodar no sofá, já gasto pelo tempo, que estava na minúscula sala, me conformei com mais uma noite de sono perdida, e me concentrei nos pequenos ruídos que a velha construção emitia.
Foi então, que, como uma chuva fraca que vai engrossando, uma risada, que chegou até meus ouvidos baixinho, se intensificou a uma gargalhada estridente, uma gargalhada que eu conhecia tão bem.
─ POR QUE VOCÊ NÃO ME DEIXA EM PAZ? ─ gritei para os quatro cantos do ambiente enquanto me levantava.
"Você sabe o porquê. Você fez isso comigo". Aquela voz aveludada, que há tempos havia feito meus dias felizes, hoje me assombrava.
─ Isso não é real, não é real ─ eu murmurava para mim mesma, encostando-me na janela que estava atrás de mim. Eu tremia feito um filhote assustado.
"Eu te amava Pâmela, você sabia disso. Mas você me deixou. VOCÊ ME ABANDONOU"
A voz que até então parecia vir da minha cabeça, tomou forma. Seus cabelos longos e encaracolados, corpo esguio, um tanto desajeitado, olhos escuros, que antes emitiam alegria, agora traziam apenas ódio.
─ Katia, você não é real, você não pode ser real. Eu vi seu corpo, eu vi o sangue ─ lágrimas escorriam por meu rosto, incontroláveis.
─ Você me forçou a fazer isso, a culpa é sua ─ ela, ou a coisa que tinha tomado sua forma, levantou os braços, exibindo cortes profundos e abertos nos pulsos ─ Você terminou comigo. Me deixou devastada. Você era minha vida, e acabou com ela, mas minha cara, agora eu vou acabar com a sua ─ ao falar a última frase, seus lábios fantasmagóricos exibiram um sorriso cruel.
 Então senti aquilo se chocar contra mim. Tamanho foi o baque contra meu corpo, fez com que a janela, que estava logo atrás, quebrasse em milhares de pedaços. Eu sabia que aquele era meu fim.
 A última coisa que eu ouvi antes de tudo escurecer, foi "Agora somos um casal novamente".



      O assassinato
Thalita Paroschi



Há algum tempo, uma viúva vivia sozinha em um sobrado muito grande na fazenda Estrela Azul, em Vera Cruz do Oeste. Ela sempre tinha muitas sensações, como se sentisse a presença de alguém a vigiando, as portas sempre batiam sozinhas, o portão abria sozinho, e ela sempre ouvia sons de passos na casa.
Uma certa madrugada ela ouvira muitos barulhos bem altos e resolvera levantar-se, quando estava descendo as escadas deu de frente com seu marido que havia falecido há mais de doze anos. Ela então pegou o carro, de madrugada, e foi o mais rápido possível até a cidade, no bairro centro, Rua Rui Barbosa, onde era a casa de sua filha. Contou para ela que tinha encontrado o marido depois de tantos anos, ela não acreditou. A filha disse para a mãe que ela poderia ter sonhado isso ou algo do tipo.
Alguns dias depois a mulher estava no quarto, e a porta se abriu. Assustada, virou-se para ver quem era. Então viu o falecido novamente, ele disse: “vim até aqui para te buscar”.
Como era o aniversário da mãe, a filha foi vê-la e para sua surpresa encontrou a mãe morta, e na cama um bilhete com a letra do pai, dizendo: “Logo voltarei para buscar meus filhos”.






      Algo sobrenatural
Thaisa Natália dos Santos





Em uma cidade chamada Vera Cruz do Oeste, existia uma casa na qual ninguém morava mais do que uma semana e não se sabia o motivo por ninguém ficar naquela casa.
Certo dia, dois irmãos apareceram na cidade achando tudo muito estranho. Eles chegaram e foram morar na casa que todos falavam ser assombrada, mas eles não ligaram.
Os dias foram passando e eles foram vendo coisas estranhas naquela casa, porém para eles aquilo era normal, pois eram caçadores de almas que já se foram.
Em meio a essa caçada, os irmãos Dean e Sam foram parar na casa em que eles moraram quando criança. Todos falavam que era assombrada, pois nessa casa morreu a mãe deles.
Passaram a noite lá. De repente apareceu uma imagem estranha, como se fosse um fantasma. Dean queria atirar. Mas quando ia atirar para matar o espírito, Sam meio que reconheceu o espírito e gritou.
─ Dean, não atira.
Mas Dean atirou, pois ele não reconheceu a alma. Ela estava em chamas. Sam fala que era a mãe deles e as chamas foram se apagando. Eles se abraçam e sua mãe apareceu e falou de Deus para eles, depois, sumiu sem nenhuma explicação.
No outro dia tudo voltou ao normal, e ninguém sabe o que aconteceu. Sam e Dean arrumam suas malas para irem embora.
Uma semana depois, outra família se mudou para a casa que era dos irmãos, nada que acontecia antes torna a acontece e todos ficam surpresos com isso.
Ninguém sabe explicar o que acontecera por lá. Permaneceu o suspense naquela cidade, sobre aquela casa.





          O mistério da morte
  Iara Marcondes


Há muito tempo atrás em Vera Cruz do Oeste havia uma casa na qual tinha morrido duas pessoas: uma mulher e sua filha.
Depois de alguns meses foi outra mulher e filha morar na casa. Alguns dias depois, elas ouviram gritos e quando levantavam para ver o que estava acontecendo, elas não viam nada.  Assim foram passando os dias e meses e cada dia as coisas estavam ficando mais estranhas.
 Numa tarde de inverno, acinzentada, elas estavam sentadas na cozinha e viram uma menina passando na porta dos fundos. Acharam que era coisa da cabeça delas, mas isso voltou a acontecer. Assim, elas começaram a desvendar aquele mistério, descobriram que naquela casa, há muitos anos antes, havia morado uma mulher que tinha depressão e que matara sua filha de cinco anos.
Depois de descobrirem aquilo, as moradoras da casa, chamaram um padre para fazer uma oração naquele ambiente. Nunca mais ninguém viu nada estranho lá.




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