Colégio Estadual Vital
Brasil – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Vera Cruz do Oeste –
PR
Língua Portuguesa
Prof.ª Lili Mirian
Gums Costa
Textos produzidos
durante a implementação do PDE
Produção de contos
2ªsérie “A” e “B” do Ensino Médio - 2017
Carine & Ian
Parte um: O anel
Quando Ian morreu, Carine perdeu o chão.
O que acontecera com ele parecia algo infortuno
demais para aquela cidade tão pequena. Cidade que nunca mais seria a mesma
sem sua presença, todas as lojas e sorveterias do pequeno centro a faziam
lembrar dele e das tardes que passaram juntos.
Por que havia de ser daquele jeito? Por que havia
de ser justamente ele a morrer em uma cidade que nada nunca acontecia?
Ian era querido por todos que o conheciam e nunca
fez nada de errado, sempre foi a pessoa mais responsável e sensata que já
conheceu, nunca quebrou regras. Não entendia o como e o porquê de ele não
estar ao seu lado agora.
Lágrimas quentes caíam pelo seu rosto. Não tinha
noção de quanto tempo estava sentada ali, na grama do cemitério, olhando
fixamente para a foto sorridente dele fixada de modo porco no que deveria ser
o seu belo túmulo.
Era visível apenas algo parecido com uma caixa de
cimento se erguendo dali, afinal, Ian fora enterrado apenas dois dias atrás,
não havia dado tempo para construir todas as decorações que envolviam seu
memorial.
Além da foto, também havia flores, colocadas
recentemente sobre o túmulo, a julgar pela vivacidade de seu tom vermelho.
Tudo aquilo causava enjoo em Carine, odiava todas
as flores, as fotos, os depoimentos sobre como Ian era uma pessoa maravilhosa
e isso de pessoas que nem o conheciam, que nunca se importaram com ele como
ela se importou.
Sim, ele era uma pessoa maravilhosa e Carine odiava
ver o nome de Ian na boca de quem não o conhecera o suficiente para dizer
algo sobre quem ele era. Hipocrisia pura, a morte de Ian não o tornava melhor
para quem não o conhecia, mas significava uma grande parte de Carine sendo
arrancada do dia para a noite.
Fechou bem os olhos, imaginando os braços de Ian
ao redor de seu corpo, sua risada alegre e seus lábios contra sua bochecha,
enquanto ele sorria, totalmente feliz.
— Você sente falta dele, não sente, querida? —
Abrindo seus olhos com um espasmo assustado, arfou, olhando em volta. O
cemitério estava vazio, deveria ser fechado nos próximos minutos, a julgar
pelo modo que o sol batia nos túmulos de forma suave, enunciando o fim
daquele dia e a caída da noite.
Não esperava ninguém ali, mas, para sua surpresa,
havia uma mulher de pé ao seu lado, fitando-a com belos — e incomuns — olhos
violeta.
Encarou-a, surpresa. Estava vestida de modo
estranho, uma saia longa delineava sua cintura e tinha os braços finos
pintados com tinta vermelha, os desenhos tribais subiam até os ombros,
cobertos apenas pela regata que a jovem usava.
Carine não daria mais de vinte e cinco anos, mas
seu olhar dizia algo sobre experiência, esbanjando sabedoria enquanto seu
sorriso era quase fraternal.
Colocou-se de pé imediatamente, ficando de frente
para a intrusa.
— O que você quer? — Sua voz estava tremendo. Em
uma cidade tão pequena e tradicional como aquela, a moça claramente seria
julgada do pior modo pelos seus moradores, principalmente pelos desenhos
estranhos marcados em sua pele clara e seus cabelos caindo de modo volumoso
pelos ombros de forma nada usual.
A primeira vista assustou Carine, a intrusa parecia
realmente intimidante.
— É mesmo a pergunta certa? Me diga, Carine, o
que você quer? — Deveria questionar de onde a mulher sabia
seu nome ou por que estava ali, mas a mente de Carine continuava gritando Ian,
Ian, Ian e Ian sem parar um segundo.
Hesitou por um instante.
— O que você quer, Carine? — Sussurrou a mulher,
fazendo ondas de calafrio se instalarem pelo corpo da moça.
— Ian. — Respondeu sem pensar, as palavras saindo
de modo incontrolável pelos seus lábios. — Eu quero Ian. — A estranha continuou
sorrindo com certo afeto, encarando-a nos olhos. O medo havia se esvaído
agora, apesar de todos os músculos gritarem corre ao mesmo
tempo.
— Você deve deixá-lo ir, querida.
— Mas eu preciso dele aqui. Preciso dele comigo.
— Choramingou Carine, a imagem de Ian girando em sua mente com insistência.
A mulher levantou uma das mãos e ela viu vários
anéis em seus dedos pintados, alguns dourados, com pedras, e outros
prateados, finos, com pequenas figuras gravadas. Lentamente tirou um dos
anéis, colocando-o sobre a palma da própria mão.
Era um anel prateado, uma pequena pedrinha negra
pendia em sua ponta e Carine observou-o com atenção.
— Você pode tê-lo de volta, mas haverá
consequências. É sua escolha, mas os mortos devem ir. — Carine continuava
fitando o anel na palma da mão da jovem, hipnotizada por seu brilho. — Você
selará uma aliança com Ian, não comigo, se aceitar este anel, Carine.
A mulher inclinou a mão para a frente, oferecendo
a joia, tudo girava muito rápido na mente da garota.
Faria qualquer coisa para ter Ian de volta,
qualquer coisa.
Carine levou a mão até o anel, pegando a pequena
joia e manuseando com cuidado entre os dedos. Focou o olhar no seu brilho,
vendo o reflexo do sol à sua volta cintilando no prateado delicado, a argola
estava fria em seus dedos.
— Faça a escolha certa, Carine.
Com um último sussurro, ela estremeceu e, quando
levantou o olhar, ficou surpresa ao não ver ninguém ali. Girou e olhou em
volta ao mesmo tempo, mas a mulher não estava em lugar nenhum e estavam em
campo aberto, não havia como sair tão rápido.
Carine arfou, os olhos arregalados.
Voltou-se para o anel novamente, que continuava
frio em suas mãos.
Uma escolha, Carine, você selará um pacto com
ele.
Colocou o anel em um dos dedos, ainda confusa e
arrepiou-se mais uma vez.
Olhou em volta, observando bem os túmulos para
ter certeza de que a mulher não estava por ali e então decidiu ir para casa.
Parte dois: Memórias
Carine finalmente chegou em casa. Passara a odiar
aquele lugar, afinal, morava ali com Ian há algum tempo e tudo, absolutamente
tudo, a lembrava dele, desde a geladeira que estragou no mês anterior e os
dois ficaram até duas da manhã tentando consertá-la, até o sofá, onde
dormiram abraçados tantas vezes no meio de algum episódio de uma série
qualquer.
Eles se conheceram ainda no ensino fundamental e
começaram a morar juntos quando Ian estava cursando filosofia em uma cidade
vizinha e Carine trabalhava em uma das lojas do centro enquanto estudava para
passar em medicina no próximo ano, mesmo já tendo se formado no ensino médio.
Não morava com os pais desde a noite de
formatura, já que seu pai havia visto a filha beijando uma das garotas da
classe e, tanto a mãe quanto o pai, pareceram escandalizados com a cena,
mandando-a arrumar as malas no mesmo momento.
Carine tentou falar sobre a bissexualidade,
tentou mostrar que se sentir atraída por meninos e meninas era algo
absolutamente normal, mas nenhum dos dois estava disposto a abrir a mente.
Podia entender, já que os pais foram criados por
pessoas com ideais diferentes e tentava convencer-se de que eles não fizeram
por mal, mesmo falhando na justificativa.
Assim que soube o que aconteceu, Ian, que nesta
época já estava trabalhando em um posto de gasolina no início da cidade, para
poder se bancar sozinho, insistiu para que Carine fosse morar com ele e assim
foi. Os dois sempre foram amigos, desde que começaram a estudar juntos no
sexto ano, então não tiveram problemas um com o outro na mesma casa.
Na primeira noite ele apenas a abraçou enquanto
Carine soluçava. Na segunda noite, ela não chorou, os dois apenas assistiram
a um filme qualquer em silêncio e, sinceramente? Ela nem prestou atenção nas
falas dos personagens. Na terceira noite eles se beijaram e depois as coisas
simplesmente aconteceram.
Os dois passaram a ficar cada vez mais próximos
durantes os meses em que moraram juntos, começaram a construir uma vida como
casal e estavam realmente felizes, mesmo a casa sendo pequena e os sonhos dos
dois grandes demais.
Ian sempre dissera a Carine que os pais dela a
amavam, que a ideia de ter uma filha assim era só estranha para eles naquele
momento; que se acostumariam com o tempo e Carine sempre duvidou, mas dois
meses depois de tudo, a mãe dela aparecera na loja durante seu turno de
trabalho. Ela pediu desculpas, disse aceitar a filha com todo o coração,
apesar do pai não ter dado para trás.
Insistiu para Carine voltar para casa, mas a
garota se recusou.
— Nós podemos lidar com seu pai, se ele não
quiser você em casa, se quiser que você saia, quem sairá vai ser ele e você
fica. — Insistiu a mãe e Carine não pode conter as lágrimas que escorriam sem
parar de seus olhos. Ian tinha razão, afinal.
— Estou com Ian agora. Estamos bem. — Foi tudo o
que disse, mas ficou feliz por ter a mãe ao seu lado e, naquele dia, ela e
Ian saíram para comer algo e comemorar a nova vida.
E agora Carine estava com as pernas encolhidas no
sofá no qual os dois costumavam assistir filmes todas as noites. A televisão
estava desligada e poderia sim ir dormir na casa dos pais, já que sabia que
não conseguiria relaxar ali, mas queria ficar sozinha.
Ian havia lhe pedido em noivado um ano depois
daquilo, há apenas três semanas atrás e Carine estava prestes a iniciar a tão
sonhada faculdade de medicina, com apoio dos pais, o que era melhor ainda.
Mas agora sentia-se destroçada por dentro, tudo
que havia conseguido, nestes anos, jogado no lixo.
Olhou para o anel em seu dedo com mágoa, achando
estúpida a ideia de que uma pequena joia pudesse trazer Ian de volta. Quem
era aquela mulher afinal?
Cogitou a ideia de tirar aquilo do dedo e isso a
deixou aflita. E se…? Por fim, decidiu deixar o anel ali, não faria nada afinal.
No dia seguinte voltaria ao cemitério e deixaria o anel sobre o gramado onde
estava sentada, aquilo não lhe pertencia e precisava devolver.
Carine acabou adormecendo no sofá, no meio de um
de seus devaneios sobre seu relacionamento com Ian. Estava tão cansada que
nem percebeu quando adormeceu, mas simplesmente apagou no meio das memórias
que tinha do ex-noivo.
Parte três: A volta
Carine acordou assustada, ouvindo batidas na
porta.
Eram de três em três, ritmadas, e quem quer que
estivesse batendo, fez seu sangue gelar.
Toc, toc, toc.
Estremeceu e olhou para o relógio acima da
televisão. Passava um pouco da meia-noite, Ian geralmente voltava da
faculdade a esta hora e algo fez seu coração saltar do peito, os olhos
ficaram arregalados de uma hora para outra. Ian? Ian estava ali?
Se levantou do sofá em um pulo, não se lembrava
de ter trancado a porta, mas não sabia o que esperar, apenas seguiu com as
pernas bambas até a entrada. Por favor, que seja Ian, por favor, que
seja Ian.
Abriu a porta com as mãos trêmulas, rápido
demais. Havia uma figura parada à porta, usava um terno e seu rosto estava
sujo com uma mistura de sangue e terra, os cabelos bagunçados totalmente
desalinhados. O corpo parecia destroçado, os braços pareciam quebrados e
estavam em uma posição horrível.
Um de seus olhos estava fechado e o outro todo
ensanguentado, parte de seu rosto estava deformado e horrivelmente quebrado,
os lábios caídos de modo estranho. Carine gritou. Aquele era Ian. Seu
Ian. Tudo girou, e escureceu por um momento.
De súbito, suas mãos agarraram o lençol da cama,
seus cotovelos afundaram no colchão da cama. Olhou em volta assustada, o
coração disparado enquanto tentava enxergar algo no escuro. Seu rosto estava
molhado, como se tivesse chorado durante o sono.
Carine sentiu uma pressão horrível lhe afundando
no peito. Um pesadelo, só um pesadelo. Ian continuava morto. Deixou-se cair
sobre o colchão, a mente girando enquanto lhe ocorria que usou o anel que a
mulher lhe dera no mesmo dedo em que usava a aliança que era de Ian.
Ela estava usando a de Ian desde que ele morrera,
então colocava as duas — dela e dele — em dedos diferentes. A pressão afundou
no peito mais uma vez e, mesmo no escuro, arrancou a aliança de Ian do dedo,
deixando-a na pequena mesinha ao lado da cama.
Carine percebeu que não conseguiria dormir mais,
então resolveu pegar o celular na mesinha, onde deixara a aliança e, quando
ligou a tela do celular, sentiu o sangue gelar. Uma da manhã. A tela mostrava
o nome de Ian, como se ele tivesse mandando para ela uma mensagem, o que era
impossível, já que o celular dele simplesmente se destruíra com o acidente de
carro que o matara, mas sua foto aparecia ali, na notificação, e Carine
deixou mais lágrimas escorrerem ao abrir a mensagem e ver seu conteúdo.
Obrigado. Eu te amo.
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A vila do infinito
Num dia qualquer
no ano de 1945, no final de uma guerra sangrenta, algo estranho aconteceu com
uma família que residia em uma cidade chamada Vera Cruz do Oeste.
Em um dia
ensolarado e bonito essa família que se constitui com pai, mãe, filha e filho
saiu para uma viagem a fim de comemorar a vitória na guerra, marcaram de
visitar um hotel muito antigo, que na época era um ponto turístico e chamava
a atenção de várias pessoas.
No caminho eles
iriam passar por uma vila com o nome de Vila Graciosa, lá já havia
acontecido vários acidentes estranhos, mas quando a família estava chegando
nessa vila, o tempo, que estava ensolarado ficou escuro e sombrio e na vila
não havia nenhum morador. Quando se deram conta não conseguiram mais sair da
vila, não importava o quanto tentassem, eles estavam presos ali e destinados
a viver a eternidade lá. Hoje, quem passa por essa vila consegue ouvir os
gritos furiosos de uma mãe pedindo para a filha casar.
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Não adianta mais fugir, Pâmela
"Não adianta
mais fugir, Pâmela. Não adianta mais se esconder. Foi você quem fez
isso".
Acordei com falta
de ar, como se algo me enforcasse. De meu corpo escorria um suor frio, no
meio das cobertas e do lençol amassado de minha cama.
Tentei me
levantar, ainda que meia tonta, tomando cuidado para não esbarrar em uma das
caixas espalhadas pelo cômodo do pequeno apartamento do 10° andar, alugado às
pressas, há apenas dois dias.
Fazia frio naquela
noite, já era madrugada, e tudo que eu via, ao observar o lado de fora da
janela, era uma fraca neblina.
Após fazer uma
xícara de chá e me acomodar no sofá, já gasto pelo tempo, que estava na
minúscula sala, me conformei com mais uma noite de sono perdida, e me
concentrei nos pequenos ruídos que a velha construção emitia.
Foi então, que,
como uma chuva fraca que vai engrossando, uma risada, que chegou até meus
ouvidos baixinho, se intensificou a uma gargalhada estridente, uma gargalhada
que eu conhecia tão bem.
─ POR QUE VOCÊ NÃO
ME DEIXA EM PAZ? ─ gritei para os quatro cantos do ambiente enquanto me
levantava.
"Você sabe o
porquê. Você fez isso comigo". Aquela voz aveludada, que há tempos havia
feito meus dias felizes, hoje me assombrava.
─ Isso não é real,
não é real ─ eu murmurava para mim mesma, encostando-me na janela que estava
atrás de mim. Eu tremia feito um filhote assustado.
"Eu te amava
Pâmela, você sabia disso. Mas você me deixou. VOCÊ ME ABANDONOU"
A voz que até
então parecia vir da minha cabeça, tomou forma. Seus cabelos longos e
encaracolados, corpo esguio, um tanto desajeitado, olhos escuros, que antes
emitiam alegria, agora traziam apenas ódio.
─ Katia, você não
é real, você não pode ser real. Eu vi seu corpo, eu vi o sangue ─ lágrimas
escorriam por meu rosto, incontroláveis.
─ Você me forçou a
fazer isso, a culpa é sua ─ ela, ou a coisa que tinha tomado sua forma,
levantou os braços, exibindo cortes profundos e abertos nos pulsos ─ Você
terminou comigo. Me deixou devastada. Você era minha vida, e acabou com ela,
mas minha cara, agora eu vou acabar com a sua ─ ao falar a última frase, seus
lábios fantasmagóricos exibiram um sorriso cruel.
Então senti
aquilo se chocar contra mim. Tamanho foi o baque contra meu corpo, fez com
que a janela, que estava logo atrás, quebrasse em milhares de pedaços. Eu
sabia que aquele era meu fim.
A última
coisa que eu ouvi antes de tudo escurecer, foi "Agora somos um casal
novamente".
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O
assassinato
Há
algum tempo, uma viúva vivia sozinha em um sobrado muito grande na fazenda
Estrela Azul, em Vera Cruz do Oeste. Ela sempre tinha muitas sensações, como
se sentisse a presença de alguém a vigiando, as portas sempre batiam
sozinhas, o portão abria sozinho, e ela sempre ouvia sons de passos na casa.
Uma
certa madrugada ela ouvira muitos barulhos bem altos e resolvera levantar-se,
quando estava descendo as escadas deu de frente com seu marido que havia
falecido há mais de doze anos. Ela então pegou o carro, de madrugada, e foi o
mais rápido possível até a cidade, no bairro centro, Rua Rui Barbosa, onde
era a casa de sua filha. Contou para ela que tinha encontrado o marido depois
de tantos anos, ela não acreditou. A filha disse para a mãe que ela poderia
ter sonhado isso ou algo do tipo.
Alguns
dias depois a mulher estava no quarto, e a porta se abriu. Assustada, virou-se
para ver quem era. Então viu o falecido novamente, ele disse: “vim até aqui
para te buscar”.
Como
era o aniversário da mãe, a filha foi vê-la e para sua surpresa encontrou a
mãe morta, e na cama um bilhete com a letra do pai, dizendo: “Logo voltarei
para buscar meus filhos”.
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Algo sobrenatural
Em uma
cidade chamada Vera Cruz do Oeste, existia uma casa na qual ninguém morava mais
do que uma semana e não se sabia o motivo por ninguém ficar naquela casa.
Certo
dia, dois irmãos apareceram na cidade achando tudo muito estranho. Eles
chegaram e foram morar na casa que todos falavam ser assombrada, mas eles não
ligaram.
Os dias
foram passando e eles foram vendo coisas estranhas naquela casa, porém para
eles aquilo era normal, pois eram caçadores de almas que já se foram.
Em meio
a essa caçada, os irmãos Dean e Sam foram parar na casa em que eles moraram
quando criança. Todos falavam que era assombrada, pois nessa casa morreu a
mãe deles.
Passaram
a noite lá. De repente apareceu uma imagem estranha, como se fosse um
fantasma. Dean queria atirar. Mas quando ia atirar para matar o espírito, Sam
meio que reconheceu o espírito e gritou.
─ Dean,
não atira.
Mas
Dean atirou, pois ele não reconheceu a alma. Ela estava em chamas. Sam fala
que era a mãe deles e as chamas foram se apagando. Eles se abraçam e sua mãe
apareceu e falou de Deus para eles, depois, sumiu sem nenhuma explicação.
No outro
dia tudo voltou ao normal, e ninguém sabe o que aconteceu. Sam e Dean arrumam
suas malas para irem embora.
Uma
semana depois, outra família se mudou para a casa que era dos irmãos, nada
que acontecia antes torna a acontece e todos ficam surpresos com isso.
Ninguém
sabe explicar o que acontecera por lá. Permaneceu o suspense naquela cidade,
sobre aquela casa.
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O mistério da morte
Há muito
tempo atrás em Vera Cruz do Oeste havia uma casa na qual tinha morrido duas
pessoas: uma mulher e sua filha.
Depois
de alguns meses foi outra mulher e filha morar na casa. Alguns dias depois, elas
ouviram gritos e quando levantavam para ver o que estava acontecendo, elas
não viam nada. Assim foram passando os
dias e meses e cada dia as coisas estavam ficando mais estranhas.
Numa tarde de inverno, acinzentada, elas estavam
sentadas na cozinha e viram uma menina passando na porta dos fundos. Acharam
que era coisa da cabeça delas, mas isso voltou a acontecer. Assim, elas
começaram a desvendar aquele mistério, descobriram que naquela casa, há
muitos anos antes, havia morado uma mulher que tinha depressão e que matara
sua filha de cinco anos.
Depois
de descobrirem aquilo, as moradoras da casa, chamaram um padre para fazer uma
oração naquele ambiente. Nunca mais ninguém viu nada estranho lá.
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